Quando se trata de energia disponível, nada se compara ao sol. É a fonte mais abundante e inesgotável do planeta. Muitos estudiosos afirmam, inclusive, que as células fotovoltaicas são a energia do futuro. Embora o custo pela implantação do sistema de energia solar ainda seja elevado, há muitos empreendimentos no Brasil que operam com tal tecnologia.
As reformas nos estádios de futebol no Brasil, por conta da Copa do Mundo da Fifa, refletem a viabilidade da energia solar em grande escala. O Maracanã possui atualmente uma usina fotovoltaica em sua cobertura. A energia gerada diariamente é suficiente para abastecer 240 residências, e, por consequência, evita o lançamento de cerca de 2,5 mil toneladas de gás carbônico no ar ao longo dos 25 anos de atividade das placas instaladas.
Em uma área de 2.380 metros quadrados, foram instalados 1.552 módulos. O próprio Maracanã, entretanto, não é abastecido diretamente pela energia que produz – equivalente a 25% do que consome. Isto porque a produção é diurna, enquanto o estádio demanda energia à noite.
A produção será negociada no mercado livre de energia e abatida do investimento de cerca de R$ 10 milhões realizado pela concessionária Light no estádio, em parceria com a Electricité de France (EDF).
O Maracanã passa a contar com geração e consumo no mesmo local (sistema net metering), o que contribui para conseguir a certificação LEED (Green Building), entregue a edificações que adotam padrões sustentáveis na obra.
O modelo já integra a nova regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que incentiva essa modalidade por não sobrecarregar o sistema de distribuição e transmissão, e converge com objetivos do governo em transformar o Rio de Janeiro em cidade sustentável.